sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

2012 - Um ano bem diferente

Este ano está tudo diferente... por vários motivos!

O Tommy cresceu!!! E a cada dia tenho mais certeza disso. Sempre soube que ele é um menino esperto, safo e inteligente... mas o menino cresceu, mesmo! Isso eu já tinha percebido (lógico), mas cada dia me surpreendo com a forma dele falar, os assuntos dele, as opiniões, TUDO.

Ele já esta no 1º ano (o nosso "prezinho", lembram), apesar de ainda ter 5 anos, ele está um pouco adiantado. Me preocupa um pouco toda a responsabilidade que ele terá a partir deste ano, mas até agora a maturidade dele, de inclusive me pedir para ir pro 1º ano, ao invés de ficar no Jardim 2, está me surpreendendo (de novo).

Mas ontem, ele me deu a maior prova dessa tal maturidade, adquirida junto com essa nova fase de "menino grande".

Assim que nos encontramos depois da escola ele já veio seco: "Mãe, vc comprou a minha fantasia do Capitão América?" Como muito pesar (quem eh mãe entende) respondi: "Não, filho..."

Ele fez aquela carinha de triste, misturado com "não acredito nisso", passando pelo pensamento "vou chorar agora".

Mas dai, veio a minha surpresa: ele deu um suspiro e me disse: "Eu sei, mamãe... vc ta sem dinheiro pra comprar, né?!" (essa é aquele tipo de frase que corta o coração da gente...)

Nem respondi, porque ele entendeu direitinho.

Eu já tinha pensando durante o dia em como resolver este problema, afinal ele tinha que ir de fantasia para a festa de carnaval do Colégio. Pedi aquela ajuda para a minha mãe, p ela levar umas fantasias da escola dela p gente ver o que dava para adaptar.

Quando chegamos na minha mãe, já fui logo brincando com ele, que entrou na hora da brincadeira: "Vamos fazer uma fantasia irada pro Tommy!!"

Começaram a surgir várias ideias: fantasma, usando um lençol branco (mas fiquei preocupada dele cair e se machucar, mas seria bem legal), ele sugeriu zumbi, minha mãe sugeriu palhacinho (como vó é sempre meiga, né)... Até que ele mesmo veio com a ideia matadora: espantalho de fazenda!!!

Fomos para a internet (ele tbm já descobriu o GOOGLE, rsss) para ver algumas fantasias de espantalho para ser nossa inspiração, olha as imagens que ele mesmo escolheu:


(quer prova maior da maturidade dele, rsssss)

Em casa, pegamos todo o material para fazermos "a fantasia":

Cartolina, pincel e tinta marrom (porque ele queria uma perna de pau, dai tive a ideia de fazer de cartolina);
Camisa xadrez antiga e bermudona velha;
Papel transparente, tesoura, fita adesiva e grampeador;
E a rafia amarela que a mamis nos deu!

E mãos a obra!!

Já eram quase meia-noite (e olha que a gente acorda às 6h30 da manhã agora) quando terminamos e ele experimentou a fantasia... Ele se olhou no reflexo da janela e disse: "Ficou D E M A I S!!! Mãe tira uma foto!!!" Tirei logo duas!!! rsss



Ele não queria nem tirar, nem ir dormir, queria ficar acordado até a hora de ir pra escola. Depois de muito custo, dormiu, mas ficou a noite inteira acordando e vindo me perguntar se já não tava na hora de ir p escola...

Enfim chegou a hora de sairmos e ele disse q não ia contar p ninguém, pois seria surpresa. Que os amigos dele não iam acreditar na fantasia dele!!

Olha ele já na escola, com a Laurinha (linda de Minie):



Realmente, tem coisas na vida que o dinheiro não compra. Talvez, se eu tivesse comprado a tal fantasia do Capitão América, ele gostasse, como em todos os anos. Mas toda essa experiência de passar por cima do problema, pensarmos, fazermos, nos divertirmos e notarmos juntos que foi muito mais legal desse jeito simples, é o que importa na vida!!

Espero ter sempre momento simples assim...

Mãe do menino que tá crescendo
(muito rápido, diga-se de passagem!!)

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Eu, o Tommy e dinheiro...

Essa é uma trinca muito complicada...

Sempre achei que quando eu tivesse filhos, faria isso, aquilo ou aquilo outro, mas dai vem a prática e nem sempre acontece como a gente imaginava.

Tudo é mais complexo, intenso, subjetivo!

Quando eu era criança, presente (principalmente brinquedos) era só: Natal, aniversário e Dia das Crianças. Ir ao Mc Donalds era um passeio especial, com direito a roupa bonita e tudo mais!

Hoje em dia, tudo isso virou quase que diário. Brinquedo agora vem junto com chocolate. E tudo muito mais barato, portanto acessível.

Assim, fica irresistível deixar o meu filho feliz em ganhar um brinquedinho quando vamos ao mercado ou shopping, almoçar no Mc porque já ganha o brinquedo do filme que está agora no cinema (e muito mais barato que os oficiais), um DVD ou livro na Saraiva, ou incrementar a coleção de Hot Wheels, Pokemon (daquelas máquinas de R$ 1,00) ou qualquer miniatura que ele queira colecionar.

Isso causa (e tá causando – em todos os sentidos da palavra) o terrível consumismo! (uma daquelas coisas que eu sempre disse que não deixaria um filho meu ser)

Tudo que o Tommy vê ele quer! Ainda não fez escândalos, mas ele “causa”.

Mas nos últimos meses (devido aos últimos acontecimentos emocionantes das nossas vidas: compra do apê, saída do emprego, decisão de ser freela, etc) estou segurando a grana ao máximo, o que para mim significa segurar a mão e deixar de comprar supérfluos. E os primeiros da minha lista foram: os mimos diários para o Tommy. Mesmo porque ele tem muito brinquedo!!

E desde então, estamos vivendo “em pé de guerra”, rsss. (o que eu não estou achando ruim, não, viu!!)

A primeira briga foi ter que convencê-lo de que era necessário vender o carro para dar entrada no apê. No dia que eu contei, ele chorou das 22h até a 1h da manhã, compulsivamente! Inconformado... E triste!

Ele não queria vender o carro! Deu trabalhão para convencê-lo de que era a melhor forma de comprarmos o apê, que depois a gente irá comprar outro... Ele só dormiu quando ele me fez garantir que iriamos comprar o nosso mesmo carro.

Depois disso, tivemos uma conversa bem séria, p explicar que agora a situação era diferente e que teríamos que parar de gastar muito dinheiro, que os passeios iriam diminuir (tbm pela falta de carro), que não ia dar p comprar um brinquedo cada vez que a gente saísse... Essas coisas.

Na hora ele fez cara de quem entendeu, que estava tudo certo, que não haveria problema... Mas eu sabia que não seria bem assim.

Na prova de fogo, no mercado, ele já entrou perguntando se a gente podia comprar um brinquedo, respondi que não e ele já começou a resmungar. Ficou de cara feia, toda hora voltava ao assunto.

Por fim, ele viu que era sério. Se conformou... Não tinha outro jeito. E eu confesso que fiquei triste também, mas era a primeira vez e que eu tinha q ser durona!

Outro dia ele reclamou que não tinha como passear porque a gente ta sem carro. Que ele me disse para não vender, que isso aconteceria... (falou tudo isso com tom de voz de bronca, como se ele fosse o pai e eu a filha que tinha feito a coisa mais estupida do mundo).

Agora ele já esta mais tranquilo, quando a gente vai aos lugares, ele me pergunta: “Mamãe, vc tem um dinheirinho para comprar alguma coisa pra mim?!” e não fica triste quando a resposta eh NÃO.

Sábado passado fomos à feira e ele viu um brinquedinho de uma ambulante. R$ 3,00. Antes de sair de casa eu perguntei se ele queria pegar moedinhas no cofrinho p comprar alguma coisa p ele. Logo que ele viu o brinquedinho, já pediu p comprar com o dinheiro dele.

Peguei as moedas, e como eram todas de valor baixo, deu um monte de moedas. Ele ficou horrorizado da quantidade de “dinheiro” que precisa p comprar brinquedos. Achei o máximo!!

E como eu disse, o processo (na prática) está sendo legal para nós dois:

Para mim porque eu realmente preciso parar de comprar tudo o que ele quer e aprender que às vezes deixar de comprar um agrado p ele não vai magoa-lo, nem nada.

E para ele aprender que tudo tem o seu momento, tem o seu preço e que tudo custa e às vezes é caro.

Tudo está sendo bom, até as coisas diferentes que fizemos nestes tempos (algumas inéditas): andamos de ônibus; paramos para comer pão de queijo na padaria, ao invés do Mc; tarde na piscina ou parquinho do nosso prédio. Além das muitas caronas, com direito a seguinte frase: “Não é tão ruim ficar sem carro, né mamãe! A tia Lêda e o vovô sempre levam a gente!!”

Mãe do menino Tommy