segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

O maior Au Au do mundo!

Para a Maria Beatriz todos os animais do mundo se dividem em duas categorias: Au Au e Cocó. E não tem discussão.

Deve ser geral, porque andei reparando que os DVDs, livros infantis dão mais ênfase aos cachorros e às galinhas. A Galinha Pintadinha mesmo, charmosa que só ela, é sucesso absoluto!

Então esses dias estávamos em Americana, na casa dos pais do Giovane, e decidimos levá-la ao Parque Ecológico. Que tem esse nome mas a carinha é de Zoológico mesmo.

Primeiro as aves, era Cocó de todo tamanho, cor, barulho, jeito de andar e voar. A Beatriz hora ficava animada, hora ficava com medo. Também, tinham uns Cocós do tamanho dela.

Passamos pelo Hipopótamo. Chamamos ele para fora da água: vem Popó!! Mas quando ele saiu, ela ficou com medo e seguimos então nos despedimos. Cá entre nós, ele não é dos mais agradáveis de ser mesmo.

E chegamos na jaula do Leão. O bicho é grande! Lindo, mas grande demais. Eu mesma estava meio aflita ali pertinho, com apenas uma grade nos separando. Mas a Beatriz não se intimidou. É o maior Au Au que ela já viu ao vivo e a fascinação que ela tem por cachorro é algo maluco demais.
Vimos ele um pouquinho:

http://www.youtube.com/watch?v=2_PgUS-T_J0

E continuamos o passeio. De longe, a Beatriz ouviu o rugido. Parou para prestar atenção e então quis voltar.


Voltamos. E aí ela começou a imitá-lo! Como o Au Au faz, filha? E ela abria a boquinha e fazia barulho. Hahaha morremos de rir!

http://www.youtube.com/watch?v=FfN1SVqQom8

Ela adorou o passeio. A gente estava meio em dúvida se ela ia curtir ou não porque ser pequena. Mas curtiu muito! E depois de tantas emoções, nada como um suquinho para repor as energias.



Mãe de Menina

sábado, 25 de dezembro de 2010

domingo, 19 de dezembro de 2010

A arte de saber dividir

Estávamos em Juquehy no começo da semana passada.
Como estamos, Giovane e eu, em férias, pensamos em curtir a família tomando um solzinho, com o pé na areia. Mas São Pedro não colaborou, choveu o tempo todo!

Com isso, em certos períodos do dia, a sala de brinquedos do hotel bombava de crianças cheias de energia e mães tensas com o clima lá fora.

Eu levei meu kit sobrevivência: giz de cera, caderno de desenhos e massinha. A certa altura estavam todas as crianças pintando e sujando o chão com massinhas coloridas. Fiquei observando a reação da Maria Beatriz quando eu emprestei as coisas dela. Ela ficou atenta no começo, observando cada movimento de cada criança. Mas depois achou divertido e ela mesmo dividia. Ela ADORA criança. Gosta de companhia sempre.


No dia seguinte, na mesma sala de brinquedos, chegou um amiguinho novo. Mais velho, devia ter uns 5 ou 6 anos. A mãe, mais prevenida do que eu, tinha uma sacola enorme de brinquedos. E assim que as crianças começaram a chegar ela abriu a sacola e começou a distribuir tudo o que tinha lá dentro. A expressão do menino foi mudando, ele começou a ficar super aflito e angustiado. Aí ele disse, mãe, acho melhor guardar meus brinquedos antes que eles se misturem com os daqui. A mãe resmungou qualquer coisa e continuou a bancar o Papai Noel.


Tinha uma arminha em especial que um outro garoto estava tentando brincar mas não tinha entendido muito bem o funcionamento. A dona da sacola então pediu que seu filho ajudasse. Ele foi, fofo, todo prestativo. E quando deu certo ele perguntou à mãe: posso atirar uma vez? Ela ficou brava, bufando e respondeu: não viu que o menino está brincando? O filho dela fez cara de choro e acho que ela nem viu. Juro, minha vontade era pegar ele no colo e dizer que ia ficar tudo bem.

Eu sei que tem que ensinar a não ser egoísta, e de pequeno. Mas sei também que as pessoas são diferentes e que cada um tem seu tempo, sua forma de funcionar. Saber dividir é uma arte que a gente como mãe tem que ensinar aos filhos, mas respeitando o limite de cada um. Uma tarde que era para ser super divertida se tornou sofrida demais para aquele menino. E a mãe dele nem se deu conta.

Eu levei como lição. Vou ficar muito mais atenta a essas situações.

Voltamos antes do previsto da viagem. Por um motivo muito triste. Eu perdi um tio muito muito querido. Um tio tão tio que tinha autoridade para ser meu pai se precisasse. E algumas vezes foi.
A dor da perda é indescritível. E ainda é difícil de acreditar no que aconteceu.

Na benção final o padre nos disse que temos que pensar que pessoas queridas são jóias que Deus nos empresta mas que em algum momento pega de volta. E que ao invés de ficarmos lamentando pela perda, temos que agradecer por essas jóias terem existido.

Nesse momento, eu desejei com toda a força que a minha filha tenha jóias tão preciosas quanto as que eu tive/tenho. Elas fazem a maior diferença na vida da gente.

Mãe de Menina.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Amanhã é a festinha do Tommy

Ai meu Deus!!! Que correria...

E olha que eu to organizando tudo desde outubro, mas é impressionante que sempre ficam várias coisas p última hora.

Pelo menos agora não fico mais em desespero, porque depois de 3 festas (só do Tommy claro), tem algumas coisas que vão ficar sempre pra última hora, sempre alguma coisa vai ficar faltando, ou na hora H não vai rolar.

Fora as coisas que a gente esquece !

Na festa de 1 aninho eu esqueci da velinha pro bolo!! Imagina... Como uma mãe pode esquecer a primeira velinha do filho?! E o pior: só lembrei na hora do parabéns!

E não é q eu esqueci em casa, ou na cozinha do salão, esqueci de comprar mesmo!!!

No de 2 anos a escolha da fotografa não foi a melhor, brigamos no inicio da festa e dai imaginem as fotos...

Ano passado choveu! Não seria nada se a festa não fosse no nosso sitio! Ficamos sem a piscina e ganhamos um monte de lama!!!

A partir de agora vou começar a anotar tudo sobre a festa e dai semana que vem eu conto tudo!!!

Espero que as falhas, esquecimentos, erros e afins sejam bem pequenos. E se não forem (mais provável ) que rendam muitas histórias legais p eu contar p vcs!!!!

Mãe de Menino

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Hoje o Tommy faz 4 aninhos!!! Ebaaaaaaa

Nem preciso falar: como passou rápido, como ele cresceu, parece que foi ontem... Mesmo que tudo isso seja a mais pura verdade!!

Mas uma coisa muito louca acontece a cada ano: revivo os últimos dias de gravidez e nascimento... Sensações, pensamentos, lembranças, flash...

Ontem na hora de ir dormir, senti aquela sensação da expectativa da bolsa estourando... a correria p ir pro Hospital...

Me lembro que estava deitada, antes das 10h da noite, dormindo... Tinha sido um dia cansativo: andei de ônibus, fui trabalhar só à tarde p fazer a última reunião do Nick Verão 07, p alinhar tudo com todos, já passando o bastão. Claro que eu pensava em ir trabalhar nos próximos dias...

Um dia antes eu tinha ido a minha consulta da semana com a minha médica, e ela ainda me disse que ele já estava todo formadinho, que já estava se encaminhando para a posição e que nas próximas semanas ele iria começar a pegar peso. E ela ainda disse: “Já faças as malas: dele e a sua... Deixe tudo anotado p quem te levar não esquecer nada!”. Claro que eu não fiz né!! Ainda tinha tempo...

Deitada na minha cama, me senti molhada... Ainda atordoada de sono, pensei: “será que fiz xixi na cama?”

Levantei, fui ao banheiro e vi que estava molhada msm e que não queria fazer nada... Voltei p cama, meio confusa: “minha cama ta molhada... fiz mesmo xixi na cama!”

E a vergonha de falar p alguém... Levantei e ia trocar a roupa da cama, quando a minha mãe veio ver o que aconteceu...

Mãe, fiz xixi na cama!!!
Lógico que não Letícia!! Sua bolsa que estourou...
Claro que não mãe... A médica disse que ainda demora algumas semanas!! Liga p minha madrinha... Vê se é msm!


Me deu um pavor... Meus dentes começaram a bater tão forte, que da p ouvir o barulho. Fui tomar banho e aquele medo crescendo... Será que tava na hora msm???

Era meia noite, era realmente a hora e fomos em carreata para o Hospital!!! Uns quatro carros pelo menos!!! Lotamos a recepção...

Entrei p primeira consulta, quando o médico disse: “É... Chegou a hora! Vou pedir p o seu pessoal tomar as providencia p a internação!”

Meu coração parecia como num ensaio de escola de samba: horas batia certo, horas descompensava, mas sempre muito rápido. Eu queria ter parto normal, minha gravidez foi super tranqüila, me preparei p aquele momento... MAS QUE MEDO!! A HORA CHEGOU MESMO!!!!

Estava com 1 dedo de dilatação e ainda faltavam 9 p nascer... Parece pouco, mas coloque os seus cinco dedos de cada mão unidos e veja o tamanho que precisamos “dilatar”!!!

Durante a noite toda não senti dor, mas um grande desconforto, aliado aquele medo que já estava mais controlado. Até consegui dormir...

De manhã, lá pelas 7h30, ainda ligamos para o trabalho (eu e o pai do Tommy), já que tínhamos que fazer durante o dia... Nem imaginavamos ainda como ele ia ser longo... Rss.

Mais ou menos neste msm horário, o médico que estava me assistindo decidiu me dar o “soro” para ajudar na dilatação, já que eu ainda estava com o mesmo 1 dedo!

Daí comecei a ver estrelas... A cada hora a contração aumentava mais, conseqüentemente a dor tbm. Destas horas tenho só flash...

Minha mãe vinha várias vezes me convencer a fazer cesárea, p eu não passar por aquela dor. A Tia Lú (a vovó Lú do Tommy) vinha e conversava comigo. O Withney falando p eu xingar, falar palavrão p ver se a dor passava. Nada adiantava, a não ser apertar o travesseiro!

Lá pelas 10h/11h a dor estava foda (desculpa, mas não conheço outra palavra p esta dor). Me lembro de uma enfermeira (santa) que vinha me ajudar a tomar uma ducha quentinha... E a minha obstetra, uma baiana arretada que entrava sempre muito animada, me examinava e falava: iiiiii... tá longe ainda!!

A enfermeira santa veio mais uma vez e qdo estava saindo eu perguntei: como eu vou saber qdo chegar a hora? Ela respondeu muito calma: quando vc sentir uma dor muito forte que vai parecer que vc quer... fazer coco!

Imagina isso entrando na minha cabeça: essa mulher (que acabará de deixar de ser santa) tá falando p mim. Uma dor muito forte? Nada pode ser mais forte que essa dor de agora!! Como assim vontade de fazer coco???

Mas a cada intervalo a dor aumentava!!! E muitoooooooo!!!

Lá pelo meio dia (sim: já se passaram 12 horas) a minha obstetra voltou, me examinou e disse:

Qual o nome deste menino?
Ele ainda não tem nome...
Como assim? É por isso que está demorando tanto! Precisamos chamá-lo pelo nome... Vamos escolher!!!


Eu e o Withney começamos falar das possibilidades de nome e (enfim) escolhemos Tommy. Então ela disse pro pai (mandou, pq como disse: essa baiana era arretada!!):

Vá lá fora e conte para todos que o nome dele é Tommy. Enquanto eu converso com ele aqui!!

Ficou lá mais um pouco comigo e deixou a enfermeira (louca / santa) cuidando de mim.

De repente uma “luz”: senti a tal da dor muito forte, seguida de uma dor nas costa que realmente parecia que se eu não fosse ao banheiro eu faria coco ali msm!!

Gritei, a enfermeira (já nem sei mais o que ela era) veio e me disse:
É a dor de coco?!
Sim!!
Então ta na hora... vou chamar a equipe. E vc faça força para fora!! (falando parece tão fácil, né sua maluca!!!)

E começou a entrar um monte de gente no quarto, aparelhos, luzes, sacos de instrumentos e remédios. O parto seria ali msm, onde passei todas àquelas horas.

Nisso, o futuro papai vem se despedir, pois ele não queria assistir ao parto! Tínhamos combinado assim, já que ele preferia. Eu estaria lá qq jeito msm!!

Mas a obstetra (desculpem-me, mas não me recordo o nome dela! Rsss) se vira para ele e pergunta:
Onde o senhor pensa que vai??? Pode ir se trocar, pois o Sr vai ficar aqui conosco. Se troque e volte. Só vou começar o parto com o Sr aqui!!!


Ele obedeceu, também, que vai contra uma obstetra baiana arretada que está prestes a fazer o parto de seu filho??? E olha que ele voltou bem rapidinho!!!

Enquanto isso, ela vira p mim e fala: Olha, não vai dar tempo de dar anestesia! Vamos ter que ir sem msm!!

Daí a santinha aqui que ficou louca: Nem pensar, eu não agüento mais sentir essa dor (que ainda não tinha parado, só aumentava a cada segundo!). Nós esperamos!

Fizemos um “teste de força” p ver se ainda restava alguma dentro de mim p fazer o Tommy sair... Claro que não tinha! Tava muito fraca.

Daí a arretada vira e fala: Então, querida, agora faça força p dentro!!!

A anestesista chegou, me deu aquela santa injeção... Nossa que delícia... Passou a dor! Agora eu faria tudo que me mandassem!!!

Daqui pra frente foi tudo muito mágico!!!

Aquela posição que eu já estava acostumada, pois fazia no mínimo 13 horas que eu estava de “pernas pro ar”.

A obstetra conversando com o Tommy (e que se transformou na mulher mais delicada do mundo) dizendo que agora ele podia vir tranqüilo...

A enfermeira que teve que me ajudar, subindo em cima de mim na cama e empurrando a minha barriga com o seu antebraço.

De repente, senti uma sensação que guardo até hoje na minha memória: senti ele passando, saindo de dentro de mim! A melhor sensação que senti em toda a minha vida!!! Aquelas 14h de trabalho de parto fizeram total sentido!

Ele nasceu tranqüilo, às 14h do dia 13 de dezembro de 2006.

Não chorou... Nasceu com a testa franzida (como a do pai). Na hora ficamos muito nervosos: “Por que ele não está chorando???”

A baiana arretada vira e nos pergunta: vcs acham que isso aqui é novela??? Calma... Ele está tão cansado quanto vcs!! O pediatra vai cuidar dele.

Alguns segundos de tensão enquanto o pediatra estava limpando e dando um pouco de oxigênio p ele. Com muito calma ele chorou, corou e tirou nota 9 pelo choro.

Daí sim, chorei!!! Missão cumprida!!! Meu filho nasceu!!! Dei um beijinho na testa e o levaram. Apaguei!!!

Escrevendo, sinto exatamente tudo isso: valeu cada segundo das 37 semanas de gestação, 14h de trabalho de parto e 4 anos de Tommy!

Sei que sou uma super mãe e que tenho uma super ajuda de todas as nossas famílias por criá-lo e educá-lo tão bem!!!

Parabéns para nós 3:

Pro Tommy, o grande aniversariante do dia!!! Meu grande e incondicional amor!

Pra mim, que amo muito ser mãe dele!!!

E pro Withney, que apesar de tudo, apesar das diversas condições que vivemos esses quatro anos, ele é o super pai do Tommy. Um puta paizão! Presente em tudo, msm que às vezes à distância. (E deixe que digam que pensem ou que falem... vc é um excelente pai!!)

Super Mãe de um Super Menino

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

A minha ficha caiu.

Ontem eu levei um susto.
Cheguei atrasada para pegar Beatriz na escola.
Quando eu me atraso, o que não acontece com freqüência mas quando acontece corta o meu coração, ela me espera na sala dos mais velhos.
A sala dos mais velhos é no andar térreo, o berçário é subindo as escadas.
Ou seja, a Beatriz sempre desce no meu colo, nos dias normais.

Ontem eu cheguei, a recepcionista anunciou no microfone: Maria Beatriz e quando eu olho vem vindo de mãos dadas com a professora um toquinho de gente, de perninhas gorduchas e apressadas, com o sorriso mais lindo do mundo em minha direção.
Levei um susto.

Parece que caiu a ficha.
Eu tenho uma filha, que freqüenta a escola, e anda!!!


Acho que no dia a dia, as coisas acontecem tão rápido, o tempo voa tanto que eu só me dei conta de que a Beatriz cresceu ontem.
E ela cresceu muito rápido!
Até ontem ela era uma coisa mini, menor que uma régua de 60cm, só chorava.

Hoje ela fala, tem as vontades dela, toma café da manhã e janta comigo, já dorme na cama e não no berço...é gente!

Aí me deu muita saudades. Pela primeira vez eu tive saudades dela bebêzinha. Pensei que logo mais ela não cabe mais no meu colo, e nem vai querer ficar no meu colo.
Chegamos em casa e a Beatriz já estava dormindo, mas não coloquei ela na cama não.
Fiquei um tempão com ela no colo, curtindo meu bebezão.
Ainda mais porque eu não curti muito quando ela era pequenina.
A sensação de tempo perdido foi enorme.
Doeu.

Mãe de Menina

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Agora pra valer!

A primeira vez da Maria Beatriz no mar tinha sido uma meia-primeira vez.
Tempos depois, com o sol brilhando no céu, ela foi devidamente apresentada àquela imensidão de água.
E foi amor à primeira vista, ou segunda. Parecia que ela tinha freqüentado a praia a vida toda!
A prova? Nos vídeos abaixo.

http://www.youtube.com/watch?v=ZrITk-9mKKw

http://www.youtube.com/watch?v=AvH-ypmvpsY

http://www.youtube.com/watch?v=FffptEthzJo

Mãe de Menina

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Missão dada é Missão cumprida!!

Nem sei quanto tempo faz que eu não escrevo (nem lembrava a senha!).
Esses últimos tempos foram corridos demais por causa do trabalho.
Tão corridos e cansativos que me deixaram de cama semana passada. Depois de ter passado 6 dias fora de casa em evento.
Seis dias longe da Beatriz, do Giovane e da Flor. Da minha casinha, da minha cama.
Foi punk.

O antes já foi confuso. Dias sem conseguir pegar a Beatriz na escola, minha santa mãezinha me ajudou muito!
Chegando tarde em casa, já cansada, meio sem paciência e também rezando para que a Beatriz, do alto dos seus 1 ano e 5 meses, de repente não fosse tão dependente de mim, assim ela não sentiria tanto a minha falta quando eu fosse viajar.

O dia da viagem foi se aproximando e eu fui ficando mais angustiada.
No último dia acordei chorando, nem consegui levá-la ao berçário porque se não ia ser um vexame.
Acho que não sairia de lá nunca mais.

Claro que ela se sentiu tudo isso. Por mais que eu tentasse disfarçar, o negócio é sensorial.
Mesmo mini ela sabe quando eu não estou bem. Vem me fazer carinho no cabelo, ou se acomoda no meu colo e fica quietinha, deitadinha.
Não tem nada mais revigorante.

Ela fica bem com o Giovane, claro! É pai dela! Até aprendeu a falar papai nesses dias. Deve ter pensado, já que a minha mãe se mandou, melhor eu garantir o meu pai.
Nos primeiros dias ela não dormiu direito. Queria colo, estava manhosa.
E o meu coração apertado do outro lado do telefone.
Nem nos falamos, porque quando ela ouvia a minha voz e fazia cara de choro.
Nesses casos, vale “o que os olhos não vêem o coração não sente.”

Foram dias muito doloridos. E o reencontro não foi como eu queria.
Estava largada na cama, com 39,5 de febre, sem conseguir ser mãe nem esposa, só conseguindo ser filha (sim, minha mãe quem cuidou de mim, de novo!).
O Giovane foi buscá-la no berçário (esse foi pai e mãe todos esses dias!) e disse que tinha uma surpresa para ela. Ela respondeu: “Mamãe!” com um sorriso no rosto.
Quando ela me viu fez uma festinha tímida, se acomodou no meu colo e ficou deitadinha um tempinho. Não muito, eu estava fervendo! Ela saiu molhada de suor!
Com o passar do tempo acho que a Beatriz ficou incomodada comigo naquela situação. E daí não queria muito chegar perto. A gente nem forçou nada, claro.

Eu consegui cuidar dela de verdade ontem apenas. E como eu estava com saudades nas nossas farras no banho, dos ataques de risada antes de dormir, de desenharmos juntas, dos bracinhos estendidos manhosos pedindo colo, da bagunça que ela faz na minha maquiagem, do bico lindo e charmoso que ela faz quando é elogiada...até dela me chamando às 6h30 da manhã, o som de despertador mais delicioso do mundo.

Ontem fomos ao aniversário do meu sogro. Ela entrou pela primeira vez na piscina da chácara dos pais do Giovane, mas esse feito merece um post exclusivo.
O que eu queria contar é que a avó do Giovane veio me dizer que ela estava bem tristinha no final de semana anterior, que eu estava viajando.
Foi meio bronca de Bisa do tipo, não faça mais isso com ela. Eu mudaria apenas para, não faça mais isso com vocês.
E “missão dada é missão cumprida”, certo?

Mãe de Menina

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Relatório do Fim de Semana (com fotos)

O Tommy agora tem uma nova forma de fazer perguntas: saiu do “Por que” e entrou no “o que significa”.

Semana passada a pergunta foi: “o que significa japonês?”

Parece simples, mas como explicar para uma criança de 3/4 anos o que é japonês. Tive que mostrar foto de japonês, contar até 10 em japonês (daquele jeito, né!), essas coisas.


Hoje a pergunta foi: “o que é um relatório?”

É uma lista de coisas...
Como assim?
Então vamos fazer o seguinte: vou fazer um relatório do nosso final de semana.



Sábado de manhã – Torneio da Amizade _ Judô

Fomos para o SESC Interlagos com a madrinha para a sua Troca de Faixa do Judô.

Chegamos e fomos para o ginásio.

A Tia Elô e o Tio Jorge separaram as crianças de cada escola, cada uma em um degrau da arquibancada.



O Tio Jorge chamou um por um pelo nome para pegar a sua faixa nova. Na sua vez ele falou:

Tommy Battistel – Faixa Vinho!









Vc foi até a mesa, pegou a sua faixa com a Tia Elô e sentou com seus amigos no Tatame.
















Cada um colocou sua faixa nova, cantamos o Hino Nacional.











Depois, cada faixa ficou em fila esperando para a demonstração de luta...











... Vcs de aqueceram...







... depois cada um lutou com um amiguinho.








Quando acabou a luta cada judoca ganhou uma medalha.

(foi incrível!! Fiquei tão orgulhosa – tbm pudera, né! Ano passado ele não queria fazer Judô nem a pau... Esse ano que mudou o mestre, o “Tio Jorge” conseguiu conquistá-lo e agora ele espera ansioso as segundas-feiras).







Sábado à tarde – Feira Jedicon

Saímos do SESC e fomos direto para a V Mariana, onde estava acontecendo a Feira Jedicon (evento organizado pelos Fãs de Star Wars, onde a Mecanica fez o stand da Hasbro.)










Lembra de tudo?

Lembro... Foi muito legal!!!

























(Pelas fotos vcs vão entender e imaginar o quanto ele amou o evento. Ah! E ainda rolou uma pergunta dele: mamãe, porque vc não me vestiu de Jedi tbm? Imaginem!!!)

Sábado à noite – Esfiha do Habib’s

Pedimos esfihas do Habib’s, pq não tínhamos condições de sair de casa para fazer NADA!!!


Domingo de manhã – Show do Patati Patata

Fomos com a Marina para o Circo Spacial, assistir o show do Patati Patata (A D O R O!!! rsss), com o Heitor, a Andréia e o Fabio!








Eles cantaram várias músicas legais e tiramos mais um monte de fotos.














Domingo – almoço na casa da vovó Sueli

Domingo à tarde – Piscina

Passamos a tarde toda na piscina do prédio.





















Vc até fez amizade com uma Joaninha.









Domingo à noite – Capote (Podia ser diferente?)


Vc ficou tão cansado que dormiu na banheira msm... Lembra???
(Caímos na risada lembrando dele dormindo na banheira!!!)






Entendeu o que é um relatório?
Entendi... Uma lista de coisas... Bem legal!!!

Como é bom vê-lo crescer e ir mudando aos pouquinhos...


Mãe de Menino Faixa Vinho

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Despedida...

O Biso Miro faleceu nesta quarta-feira, dia 10 de novembro.

Há exatos 4 anos, neste dia eu fazia o chá de bebe do Tommy. O que é o tempo na nossa vida, não é!

Como contei no último post, ele estava lutando no hospital há muitos dias... Enfim descansou. Ele estava sofrendo muito.

Contei pro Tommy somente ontem de manhã, quando ele acordou.

Tommy, preciso te contar uma coisa: o Biso Miro foi pro céu, morar com o Papai do Céu e com o Tio Tonico.

Ele permaneceu tranqüilo enquanto eu falava... Depois de alguns segundo de pausa ele simplesmente disse:

Vou sentir saudade do Biso Miro...

Recentemente perdemos o Tio Tonico. Foi um grande susto e acho que na hora que fui contar pro Tommy mais o assustei que qq coisa. Desta vez foi mais tranqüilo.

Na ida para o velório, no carro, o Tommy virou pra mim e disse:

Mamãe, onde estamos indo msm?
Dar tchau para o Biso Miro...
Ah é... Sabe o que eu acho? Que tem muita gente indo morar com o Jesus.

Concluiu a frase fazendo uma carinha de bravo, como quem diz: não estou gostando disso.

Ele ficou o tempo todo do lado de fora, brincando com os primos ou com os brinquedos que levamos. No momento de rezarmos, entrei com ele.

O deixei de costas para o Biso, para ele não guardar na memória este momento (eu tenho na minha cabeça a imagem da minha Vó Diná no momento do velório, que faleceu há muitos anos, qdo eu tbm era pequena).

Ele começou a perceber que várias pessoas estavam chorando e me perguntou pq. Respondi que aquele era o momento dar tchau pro Biso.

Ele rezou conosco. Nem eu sabia que ele já sabia rezar daquela forma. Fiquei tão feliz!

Quando acabamos de rezar ele me perguntou:

Agora já falamos tchau para o Biso Miro?

Só fiz sim com a cabeça.

E ele repetiu: vou sentir saudade dele...

Todos nós vamos!!

Mãe de Menino

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

FDS delicioso em família!!!

Os dois últimos dias foram uma deliciosa overdose de família!!!

Passeamos e visitamos quase todos os lados... Faltou somente à parte dos Battistels, pq estamos vivendo um momento muito difícil, com a internação do Vovô Miro. Ele está lutando contra uma infecção chata que está o maltratando muito... Estamos rezando muito p ele agüentar firme e vencer mais essa batalha!

Começamos o sábado cedo, acordando às 11h rssss! (tem coisa melhor p um fds q acordar bem tarde?).

Atrasados como sempre, saímos Tommy, a madrinha Dani e eu para um monte de “compromissos”: cortar os meus cabelos (tirar a cara de crente, que tava me irritando muito!), depois fomos à Igreja de São Judas, compramos um mini presépio para a nossa árvore de Natal. Na sequencia parada p almoçarmos: no Mc Donalds, claro. E para fechar essa parte do dia fomos ao Centro Espírita receber um delicioso passe.

O Tommy está começando a "interagir" com os amigos invisíveis e achei que estava na hora dele entender um pouco o que está acontecendo. Ele reagiu super bem, fez algumas perguntas engraçadas, mas não estranhou nem chorou. Comeu, brincou, conversou e entendeu muitas coisas! Sai de lá bem leve e sabendo eu tbm algumas coisas que estavam acontecendo com ele... (lembram das noites sem dormir, os barulhos e o medo do Tommy... então!)

Quando estávamos voltando p casa, lá pelas 5h da tarde, as primas ligam convidando p um jantar muito legal: lanche no Joaquins.

Chegamos em casa, deitamos e descansamos uma horinha, antes de sair de novo, rsss. Fomos todos juntos, no msm carro (a safira do tio Nelson, como diz o Tommy): eu, Tommy, a Cá, a Laurinha, o Ricardo, a Di (a Flá, rsss) e o Tio Douglas. Lá no Joaquins encontramos o Brenno e a Claudia.

Mesa gigante, um monte de porcarias deliciosas p comer, um monte de broncas no Tommy e na Lau p eles ficarem quietos e comportados... Além do monte de besteiras que falamos!!! Deliciaaaaa!!

No domingo: mais família!!

Almoço na Titia Jé, com a vovó Lú, o Rodrigo e o Dumbo!! Com direito ao nosso prato preferido: Yakisoba do Hong Bin, pra viagem!!! Nossa... Comi dois pratos!

Depois do almoço, colocamos as fofocas em dia, tomando sorvete de chocolate.

Os planos da tarde foram alterados pelo jogo do Timão (rssss). O padrinho não quis perder o jogo e desmarcou o nosso passeio de bicicleta (alugada, claro) no Parque do Ibirapuera... Mas não teve problema não: fomos para a casa da Tia Lêda!!

Claro que lá tava a maior muvuca (como sempre, mas é aquela muvuca boa, sabe - ADOROOO), um monte de gente lá, p variar!!

Jogo rolando na TV, os meninos Tommy e Lucca jogando bola no corredor, a mulherada falando sem parar... Fiquei lá esperando a minha mãe chegar para irmos ao shopping comprar os presentes do Matteo (semana que vem tem chá de bebê).

Quando ela chegou, olhei em volta e tive uma maluca idéia: Lucca, vamos com a titia no shopping?

Ele não teve dúvida: SIM! (ele fala com biquinho e sai um CHIM)

Então vai pedir p sua mãe...

E ele foi correndo, mas já segurando a minha mão: Mãe... Tá... Carro! Traduzindo: Mamãe, vou passear com a titia de carro!!!

E lá fomos nós: Tommy, eu, Lucca e minha mãe... Primeiro fomos cantando Cocoricó no carro. Já no shopping corremos entre as araras de roupas, comemos salgadinho, vimos a decoração de Natal e por último entramos na loja de brinquedos. Cada um escolheu um e voltamos p casa. Os quatro cansados! Ficamos no shopping duas horinhas e foi super tranqüilo e divertido!

Do shopping fomos direto para casa da Tia Dora... De novo um monte de tias, tios e primos!!!

Fechamos o domingo, após as nossas orações, com um delicioso café com a mesa lotada de família!

No final das contas, não descansamos, mas tivemos sem dúvida, um FDS delicioso!!!

Mãe de Menino

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Cabelo de homenzinho

Cortei o cabelo do Tommy bem curtinho!!! Adorei... Ele tá com uma cara de moleque, menino grande.

Ele nasceu carequinha!!!









Foi ter cabelo lá pelos 8 meses...











Com 1 aninho que ele foi ter cabelo msm.












Não é segredo p ninguém que eu ODEIO corte tigelinha! Mas parece que todo cabeleireiro só sabe cortar assim cabelo de menino, ainda mais se for lisinho como o do Tommy.

A primeira vez que cortei o cabelinho dele, ele tinha quase dois aninhos e fiquei tão triste!

Era compridinho, cheio de cachinhos nas pontas, fazia um estilo surfistinha. Essa foto foi a última antes do primeiro corte!









Levei-o na cabeleireira que cortava o meu cabelo na época. O corte demorou mais de uma hora. Choramos todos: eu, ela e o Tommy. Parecia que estávamos cortando um braço dele.


E no final, o resultado foi: tigelinha!!!

Essa é a foto dele assim que cortamos a primeira vez... nem parece o mesmo bebê das fotos anteriores, né!





Ah muito tempo venho procurando um cabeleireiro que tope mudar o corte, mas todos no final acabam na msm: tigelinha!!

Semana passada, fui ao salão infantil que sempre levo o Tommy e o profissional que sempre cortamos não pode nos esperar, pois perdemos a hora (pra variar, né).

Daí, veio um mocinho muito educado, porém bem vesguinho. Deu um certo medo, mas falei p ele:

Tira essa tigela do cabelo dele!!!

Ele riu e disse q seria difícil cortar radical, que era bom ir aos poucos, blá, blá, blá...
Insisti! Ele começou a cortar, o Tommy ficou quietinho... O moço se empolgou e quando acabou virou pra mim e disse: E não é que ficou bem melhor!
Ficou melhor??? Ficou incrivelmente lindo!!!
Até o Tommy gostou... E muito!!
Todas as vezes que eu falava que ele tava lindo (e olha que falei milhares de vezes) ele dava um sorriso super orgulhoso!! Como quem diz: eu sei que estou lindo!!

Agora veam ele no casamento do meu primo Wallace com esse cabelinho e vestido que nem homenzinho!! Tava lindíssimo!!!!!

Ainda bem que não foi só eu que achei!!! Rssss

Ps: é suco de uva na taça, tá!



Mãe de Menino grande



Fotos deste FDS:






terça-feira, 26 de outubro de 2010

Garoto Tecnológico

Como tudo, a tecnologia foi apresentado a ele muito depressa e muito cedo!

E a nova agora é o vídeo game...

E não tenho como impedir: o pai dele tem 2 vídeo games em casa, o tio tem um, o padrinho outro! Onde quer q ele vá tem um aparelho. Até no cabeleireiro dele tem!!!

Mas antes ele não "processava" que era muito legal... Como ele não conseguia jogar direito o legal era só ficar olhando os outros jogarem. Só que desde que o Tio Humberto comprou um joguinho p ele, f#%¨&u!

É joguinho de aventura, com os heróis bebês: Wolverine, Homem de Ferro, Thor, Surfista Prateado, entre outros. Ele fica louco, porque o joguinho é para criança, então fácil de conduzir os personagens, dar golpes incríveis, causar grandes explosões...

E tudo isso só faz a agressividade dele aumentar. O que me preocupa muito!

Semana passada veio outro bilhete, agora dizendo que ele disse pro amiguinho que iria matar ele. Conversei com ele e expliquei que a mamãe do Pedrinho iria ficar muito triste se o filinho dela fosse pro céu e não voltasse mais...

Mas foi hoje de manhã que eu fiquei preocupada...

Estava arrumando ele para a escola e comentei toda animada:

Tommy leva o joguinho do Tio para a casa da Vovó Lú hoje. Assim vc joga no vídeo-game do papai.

Não dá, mamãe! O joguinho do tio é para Play Station 2 e o do papai é Play Station 3... Não dá pra jogar!

Ah tá...

Ainda no quarto, ele vira e fala:

Mamãe, a gente podia ir ao cinema de novo, né!

Mas não tem nenhum filme legal passado agora, meu amor! Mas eu ouvi dizer que ano que vem vai ter Carros 2.

Que legal!! Mas eu não quero ver em 3D, mas só com som surround (claro que aqui ele falou do jeitinho dele)! Eu gosto do som bem alto, mas não gosto de usar aquele óculos! É chato...

Fiquei quieta... Parada... Só pensando: meu Deus! É o meu bebê que esta falando tudo isso?!

E para fechar ele vira e pergunta:

Mamãe, será que o filme do Carros vai sair em Blu Ray?

Ah, não... Piada né!!!


Mãe de Menino

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Nosso (lindo) vinculo afetivo

O meu vinculo com o Tommy começou (com certeza) ainda na barriga... E foi tão forte, mas tão forte, que me isolei do mundo, queria só a minha barriga, quebrando até o relacionamento com o pai do Tommy, então meu namorado de anos.

A minha gravidez foi um grande susto pra mim, ao ponto de eu negá-la até eu completar 12 semanas e só cai na real quando a minha médica colocou um aparelhinho na minha barriga para ouvir o coraçãozinho dele bater muito rápido.

Desse dia em diante eu conversava com ele na barriga o tempo todo. Cantava na hora de dormir, contava das roupinhas, os detalhes... Dava bom dia e boa noite... Foi uma gravidez feliz e tranqüila.

Quando ele nasceu parecia que já nos conhecíamos há décadas!! Parecia que fazia parte da minha vida desde sempre... Minha única dificuldade foi chamá-lo pelo nome, porque eu o chamei de bebê e bebezão toda a gravidez. Só escolhi o nome Tommy algums minutos antes do parto, quando a médica sugeriu que escolhessemos logo o nome para ele nascer, já que eu estava há 13h em trabalho de parto!

No momento do parto ele quebrou a clavícula, o que não permitiu que eu ficasse com ele no colo o tempo todo (naquele chemeguinho gostoso de recém nascido, sabe), só para o necessário. Então eu o deitava na minha cama, de ladinho, olhando pra mim e ficava falando, cantando, brincando com ele. E eu juro que ele me respondia com barulinhos, tapinhas no meu rosto, chorinhos. (E tem algumas reações dele de hj que ainda me remetem a esse comecinho da nossa vidinha)
Após 4 meses do nascimento dele aconteceu a minha separação e percebi que eu precisava ter muita força, porque tinha uma vida ali que dependia de mim. Eu percebia que quando amamentava triste, ele ficava triste, mas quando ficava feliz e conversávamos, ele ficava calmo e feliz.

Eu chegava todos os dias do trabalho e, principalmente quando ficávamos sozinhos em casa, conversava muito com ele: contava meu dia, meus problemas, as coisas engraçadas... Tudo! Ele interagia comigo, como se entendesse tudo o que eu falava.

E naqueles momentos que a tristeza vinha com força, esperava ele dormir, para depois desmontar. Longe dele, lógico!

Com o passar do tempo ele começou a entender melhor o que acontecia e a nossa cumplicidade (que começou com o tal vinculo) aumentava mais. Ao ponto dele perguntar se eu estou bem só por ver a minha cara (que com certeza estava triste, mas tentando disfarçar).
Desde que moramos só nós dois fazemos tudo juntos: dormimos na mesma cama (e dormimos tarde, porque me recuso coloca-lo p dormir cedo e perder lindas e preciosas horas juntos durante a semana), comemos juntos (mesmo quando chego tarde do trabalho ele me espera para jantar), escovamos os dentes a noite juntos...

Quando eu penso nesses nossos quase 4 anos, vejo o quanto o nosso vinculo é muito lindo, forte e gigante.

Amo ser Mãe desse Menino

Esse tal de vínculo afetivo

O que eu mais ouvia das enfermeiras quando estava na maternidade era sobre o tal do vínculo entre mãe e filha.
Que eu tinha que ficar com a Beatriz pertinho de mim, sentindo meu cheiro, meu calor e ouvindo meu coração bater para criar o tal vínculo.
Eu, que estava a caminho de Marte já, não registrei nada. Até tirava sarro.
Claro que meses depois a culpa veio, a galope, para me derrubar.

Nem sei se elas estavam certas. Se se cria o vínculo assim tão cedo e dessa maneira.
Talvez por causa da minha depressão pós parto o meu caso tenha sido diferente.

Lá em casa, quem foi atrás e fez acontecer foi a Beatriz, não fui eu.
No auge da minha ausência mental, com o jeitinho charmoso e cativante que só ela tem, a minha filha me trouxe de volta.
A cada olhar, sorriso, choro de manha direcionados a mim, ela me dava um puxãozinho de orelha.
Foi ela quem me tirou do transe me dizendo, mamãe, eu estou precisando de você, não só para trocar a minha fralda, me dar banho e me alimentar, mas para ser a minha mãe.
E eu fui voltando aos poucos, para ser a mãe da minha filha.

Meu amor pela Beatriz não foi à primeira vista. Nem à segunda.
Ele foi construído.

Hoje eu entendo esse vínculo, essa cumplicidade.
As trocas de olhar que dizem tudo, as brincadeiras secretas, os abraços apertados que surgem do nada, o beijo que ela só manda para mim quando estamos sozinhas, a segurança que ela sente comigo, a paz enorme que eu sinto quando ela adormece nos meus braços, as minhas palhaçadas que fazem ela rir e que eu só faço para ela, o jeitinho dela de me abraçar e me fazer carinho quando percebe que eu não estou muito bem, cada descoberta que ela vem me contar correndo cheia e orgulho e que eu faço a maior festa, o jeitinho fofo dela me chamar para brincar, assistir TV deitadas na cama, ficar enrolando para levantar nos finais de semana, as nossas cantorias e dancinhas no carro...

Foi a Beatriz quem me ensinou a ser mãe de verdade.
Não apenas a mãe prática e eficiente que eu era nos primeiros meses de vida dela.
Ela entendeu como as coisas funcionam muito antes de mim.
Me apresentou o caminho de volta e me transformou em uma mãe completa.
Esse tiquinho de gente...


Mãe de Menina

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Hora da saída

Há uns 10 dias a Beatriz deu para chorar quando eu deixo ela no berçário de manhã.
Chorou durante uns 3 dias e durante uns 2 fazia aquela carinha pré-choro.
Mas as berçaristas logo chamavam ela para brincadeira e o meu tchau era bem rapidinho para não fazer daquilo um grande acontecimento.

Aí passou.
Tivemos uns dois dias de vida normal e chegou uma nova moda.
A de me dar um gelo quando eu chego para buscá-la.
Eu chego, as berçaristas logo dizem: Olha a mamãe da Maria Beatriz!
Ao invés de vir correndo e se jogar nos meus braços ela me olha e em seguida vira a cara como se eu fosse um poste.
Eu chamo, finjo que vou embora, as berçaristas intervém, e nada.
Teve um dia até que ela foi chorando até o carro, jogando o corpinho em direção à escola.
Logo passa e ela começa a me chamar e a fazer charme para me consquistar de volta.
E a daí as brincadeirinhas que ela mesma inventou para se distrair no caminho de volta para casa começam.

Eu tenho reparado que a percepção do mundo para Beatriz mudou de uns tempos para cá.
Ela enxerga tudo de um jeito diferente.

Faz umas duas semanas fomos ao Moisés torcer para o Red Bull. A Beatriz vai ao estádio desde os 4 meses de idade.
Já entrou com os jogadores, inclusive.
Mas dessa vez ela teve medo.
Lá do alto do camarote, que nem é tããão alto assim, ela olhou o gramado e se encolheu no meu colo.
Durante o intervalo em que o som é mais alto, ou na comemoração do gol, ela também não ficou lá muito feliz da vida.

Antes de ontem estavamos em casa assistindo TV, os três juntos, e eu comecei a contar sobre essa nova moda da hora da saída.
Ela percebeu o assunto e parou o que estava fazendo para prestar atenção.
E eu disse, dá próxima vou levar a Juju ou a Carol embora e deixo a Beatriz por lá mesmo já que ela não quer vir para casa.
Ela armou seu charmoso bico e veio se sentar ao meu lado, me juntinha.
O Giovane dando palpites e ela de bico, cara baixa, só ouvindo.
Depois passou.

Tá na cara que ela percebeu que a mamãe aqui deixa ela na escola o dia todo para fazer sei lá o que.
E deve pensar que raio de mãe é essa, afinal?
É a mamãe que trabalha fora, o dia todo, ué.

Ontem eu arrisquei uma tática nova.
Já cheguei falando que ia levar a Carol embora, a melhor amiga da Beatriz.
Chamei a Carol, brinquei com ela.
A Beatriz primeiro ficou olhando de longe. Mas logo veio correndo ao meu encontro dizendo mamãe, mamãe, me pediu colo e fomos para casa.
Sem drama.

Quem tem, tem medo, né?


Mãe de Menina

terça-feira, 19 de outubro de 2010

A Primeira do Tommy... tmb!

Li o post da Ana e lembrei da primeira vez do Tommy.(E me agradeci por ter tirado milhares de fotos!)

Esses momentos são realmente mágicos e qdo tiverem filhos(as), ou lembrarem como eu, vão entender bem do que estamos falando.

A nossa primeira vez também não estava com um tempo favorável. Foi na virada do ano de 2007/2008, na Praia das Virtudes (bonito nome para o “batizado” do Tommy no mar, hein) no centro de Guarapari, Espírito Santo.

O Tommy tinha acabado de fazer 1 aninho e foi primeira vez de muitas coisas p ele: primeira viagem para fora de SP, primeira vez de avião, primeira vez de hotel, primeira vez barrado no aeroporto... rsss

(Vou contar rapidinho: na volta pra SP, meus pais voltaram no ônibus da família e Tommy, minha irmã e eu voltamos de avião. Na ida eu guardei a certidão de nascimento dele na bolsa da minha mãe, sei lá eu por que! Na hora do check-in: cadê o documento do bebê? Imaginem o meu desespero... Chorei tanto!! Falei com delegado, assistente social, chefe da TAM... Depois de quase 4h consegui convencer que era mãe do Tommy e a TAM nos deixou embarcar... )

Fomos em bando pra praia, já nem me lembro exatamente quem estava, mas com certeza Tommy, eu e meus pais. O tempo tava meio fechado e foi uma super discussão se eu devia ou não deixá-lo entrar no mar. Mas essa é a parte boa de ser a mãe: eu decido!!

Meu pai ficou do meu lado, então fomos só nós três.







Depois desse batizado delicioso, os outros dias foram só festa, com direito a muito mar, areia e sol!!





Mãe de Menino