segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Hoje o Tommy faz 4 aninhos!!! Ebaaaaaaa

Nem preciso falar: como passou rápido, como ele cresceu, parece que foi ontem... Mesmo que tudo isso seja a mais pura verdade!!

Mas uma coisa muito louca acontece a cada ano: revivo os últimos dias de gravidez e nascimento... Sensações, pensamentos, lembranças, flash...

Ontem na hora de ir dormir, senti aquela sensação da expectativa da bolsa estourando... a correria p ir pro Hospital...

Me lembro que estava deitada, antes das 10h da noite, dormindo... Tinha sido um dia cansativo: andei de ônibus, fui trabalhar só à tarde p fazer a última reunião do Nick Verão 07, p alinhar tudo com todos, já passando o bastão. Claro que eu pensava em ir trabalhar nos próximos dias...

Um dia antes eu tinha ido a minha consulta da semana com a minha médica, e ela ainda me disse que ele já estava todo formadinho, que já estava se encaminhando para a posição e que nas próximas semanas ele iria começar a pegar peso. E ela ainda disse: “Já faças as malas: dele e a sua... Deixe tudo anotado p quem te levar não esquecer nada!”. Claro que eu não fiz né!! Ainda tinha tempo...

Deitada na minha cama, me senti molhada... Ainda atordoada de sono, pensei: “será que fiz xixi na cama?”

Levantei, fui ao banheiro e vi que estava molhada msm e que não queria fazer nada... Voltei p cama, meio confusa: “minha cama ta molhada... fiz mesmo xixi na cama!”

E a vergonha de falar p alguém... Levantei e ia trocar a roupa da cama, quando a minha mãe veio ver o que aconteceu...

Mãe, fiz xixi na cama!!!
Lógico que não Letícia!! Sua bolsa que estourou...
Claro que não mãe... A médica disse que ainda demora algumas semanas!! Liga p minha madrinha... Vê se é msm!


Me deu um pavor... Meus dentes começaram a bater tão forte, que da p ouvir o barulho. Fui tomar banho e aquele medo crescendo... Será que tava na hora msm???

Era meia noite, era realmente a hora e fomos em carreata para o Hospital!!! Uns quatro carros pelo menos!!! Lotamos a recepção...

Entrei p primeira consulta, quando o médico disse: “É... Chegou a hora! Vou pedir p o seu pessoal tomar as providencia p a internação!”

Meu coração parecia como num ensaio de escola de samba: horas batia certo, horas descompensava, mas sempre muito rápido. Eu queria ter parto normal, minha gravidez foi super tranqüila, me preparei p aquele momento... MAS QUE MEDO!! A HORA CHEGOU MESMO!!!!

Estava com 1 dedo de dilatação e ainda faltavam 9 p nascer... Parece pouco, mas coloque os seus cinco dedos de cada mão unidos e veja o tamanho que precisamos “dilatar”!!!

Durante a noite toda não senti dor, mas um grande desconforto, aliado aquele medo que já estava mais controlado. Até consegui dormir...

De manhã, lá pelas 7h30, ainda ligamos para o trabalho (eu e o pai do Tommy), já que tínhamos que fazer durante o dia... Nem imaginavamos ainda como ele ia ser longo... Rss.

Mais ou menos neste msm horário, o médico que estava me assistindo decidiu me dar o “soro” para ajudar na dilatação, já que eu ainda estava com o mesmo 1 dedo!

Daí comecei a ver estrelas... A cada hora a contração aumentava mais, conseqüentemente a dor tbm. Destas horas tenho só flash...

Minha mãe vinha várias vezes me convencer a fazer cesárea, p eu não passar por aquela dor. A Tia Lú (a vovó Lú do Tommy) vinha e conversava comigo. O Withney falando p eu xingar, falar palavrão p ver se a dor passava. Nada adiantava, a não ser apertar o travesseiro!

Lá pelas 10h/11h a dor estava foda (desculpa, mas não conheço outra palavra p esta dor). Me lembro de uma enfermeira (santa) que vinha me ajudar a tomar uma ducha quentinha... E a minha obstetra, uma baiana arretada que entrava sempre muito animada, me examinava e falava: iiiiii... tá longe ainda!!

A enfermeira santa veio mais uma vez e qdo estava saindo eu perguntei: como eu vou saber qdo chegar a hora? Ela respondeu muito calma: quando vc sentir uma dor muito forte que vai parecer que vc quer... fazer coco!

Imagina isso entrando na minha cabeça: essa mulher (que acabará de deixar de ser santa) tá falando p mim. Uma dor muito forte? Nada pode ser mais forte que essa dor de agora!! Como assim vontade de fazer coco???

Mas a cada intervalo a dor aumentava!!! E muitoooooooo!!!

Lá pelo meio dia (sim: já se passaram 12 horas) a minha obstetra voltou, me examinou e disse:

Qual o nome deste menino?
Ele ainda não tem nome...
Como assim? É por isso que está demorando tanto! Precisamos chamá-lo pelo nome... Vamos escolher!!!


Eu e o Withney começamos falar das possibilidades de nome e (enfim) escolhemos Tommy. Então ela disse pro pai (mandou, pq como disse: essa baiana era arretada!!):

Vá lá fora e conte para todos que o nome dele é Tommy. Enquanto eu converso com ele aqui!!

Ficou lá mais um pouco comigo e deixou a enfermeira (louca / santa) cuidando de mim.

De repente uma “luz”: senti a tal da dor muito forte, seguida de uma dor nas costa que realmente parecia que se eu não fosse ao banheiro eu faria coco ali msm!!

Gritei, a enfermeira (já nem sei mais o que ela era) veio e me disse:
É a dor de coco?!
Sim!!
Então ta na hora... vou chamar a equipe. E vc faça força para fora!! (falando parece tão fácil, né sua maluca!!!)

E começou a entrar um monte de gente no quarto, aparelhos, luzes, sacos de instrumentos e remédios. O parto seria ali msm, onde passei todas àquelas horas.

Nisso, o futuro papai vem se despedir, pois ele não queria assistir ao parto! Tínhamos combinado assim, já que ele preferia. Eu estaria lá qq jeito msm!!

Mas a obstetra (desculpem-me, mas não me recordo o nome dela! Rsss) se vira para ele e pergunta:
Onde o senhor pensa que vai??? Pode ir se trocar, pois o Sr vai ficar aqui conosco. Se troque e volte. Só vou começar o parto com o Sr aqui!!!


Ele obedeceu, também, que vai contra uma obstetra baiana arretada que está prestes a fazer o parto de seu filho??? E olha que ele voltou bem rapidinho!!!

Enquanto isso, ela vira p mim e fala: Olha, não vai dar tempo de dar anestesia! Vamos ter que ir sem msm!!

Daí a santinha aqui que ficou louca: Nem pensar, eu não agüento mais sentir essa dor (que ainda não tinha parado, só aumentava a cada segundo!). Nós esperamos!

Fizemos um “teste de força” p ver se ainda restava alguma dentro de mim p fazer o Tommy sair... Claro que não tinha! Tava muito fraca.

Daí a arretada vira e fala: Então, querida, agora faça força p dentro!!!

A anestesista chegou, me deu aquela santa injeção... Nossa que delícia... Passou a dor! Agora eu faria tudo que me mandassem!!!

Daqui pra frente foi tudo muito mágico!!!

Aquela posição que eu já estava acostumada, pois fazia no mínimo 13 horas que eu estava de “pernas pro ar”.

A obstetra conversando com o Tommy (e que se transformou na mulher mais delicada do mundo) dizendo que agora ele podia vir tranqüilo...

A enfermeira que teve que me ajudar, subindo em cima de mim na cama e empurrando a minha barriga com o seu antebraço.

De repente, senti uma sensação que guardo até hoje na minha memória: senti ele passando, saindo de dentro de mim! A melhor sensação que senti em toda a minha vida!!! Aquelas 14h de trabalho de parto fizeram total sentido!

Ele nasceu tranqüilo, às 14h do dia 13 de dezembro de 2006.

Não chorou... Nasceu com a testa franzida (como a do pai). Na hora ficamos muito nervosos: “Por que ele não está chorando???”

A baiana arretada vira e nos pergunta: vcs acham que isso aqui é novela??? Calma... Ele está tão cansado quanto vcs!! O pediatra vai cuidar dele.

Alguns segundos de tensão enquanto o pediatra estava limpando e dando um pouco de oxigênio p ele. Com muito calma ele chorou, corou e tirou nota 9 pelo choro.

Daí sim, chorei!!! Missão cumprida!!! Meu filho nasceu!!! Dei um beijinho na testa e o levaram. Apaguei!!!

Escrevendo, sinto exatamente tudo isso: valeu cada segundo das 37 semanas de gestação, 14h de trabalho de parto e 4 anos de Tommy!

Sei que sou uma super mãe e que tenho uma super ajuda de todas as nossas famílias por criá-lo e educá-lo tão bem!!!

Parabéns para nós 3:

Pro Tommy, o grande aniversariante do dia!!! Meu grande e incondicional amor!

Pra mim, que amo muito ser mãe dele!!!

E pro Withney, que apesar de tudo, apesar das diversas condições que vivemos esses quatro anos, ele é o super pai do Tommy. Um puta paizão! Presente em tudo, msm que às vezes à distância. (E deixe que digam que pensem ou que falem... vc é um excelente pai!!)

Super Mãe de um Super Menino

Um comentário:

  1. Adoreiiii, foi lindo....
    E realmente vcs dois estão de parabéns, pois fizeram um filho lindo, saudável e mto inteligente. Parabéns Tommy !!!!

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