Na minha cabeça desde que eu engravidei era assim: como eu, que trabalho desde os 14, workaholic convicta, independente financeiramente ia ficar em casa cuidando de um bebê? Emendar a licença maternidade com as férias e ficar mais um mês em casa? Sem chance! Parar de trabalhar então, nunquinha. Isso é emburrecer!
Quando a Maria Beatriz nasceu eu não via hora de voltar à ativa. Eu achava que essa seria a salvação dos meus problemas. Engano meu.
Ok, a depressão pós parto contribuiu bastante para esse comportamento. Naquela época, tudo que me tirasse de casa e de perto da minha filha eu abraçava, sem pensar.
Hoje é diferente. Porque estou diferente.
Saí do meu emprego no meio de janeiro, depois de um mês de férias. Férias da vida corporativa. Um mês trabalhando apenas como mãe. E tenho que dizer que é o melhor emprego do mundo.
A Beatriz já está maiorzinha, mais independente, mas ainda sim me solicita bastante, claro.
E desde que estou em casa tenho pensado muito nisso (sem culpa! que progresso!): se com 1 ano e meio ela precisa ainda tanto de mim, imagina como era antes dela completar o primeiro ano de vida.
Sinceramente não me lembro muito dessa época, mas suponho que era muito, muito mesmo.
E tenho que admitir que a conclusão que tiro disso é que se as minhas condições emocionais fossem outras eu teria ficado em casa sim, com o maior prazer do mundo. E que agora eu entendo as minhas amigas que pararam de trabalhar quando se tornaram mãe.
Sem preconceito. A gente não emburrece quando fica em casa cuidando do filho. O que eu aprendo como mãe da Maria Beatriz curso nenhum, nem trabalho nenhum vai me ensinar. Ficar com ela para mim e um intensivão de jogo de cintura, paciência, argumentação e persuasão, aulas de canto e dança, persistência, autoconhecimento, improvisação, criatividade e resistência física entre outros.
Nossa convivência não tem substituição a altura. E chegar ao final do dia e não estar cansada e nem estressada faz com que eu aproveite muito mais os abraços e beijos que ela me dá.
Não, não estou querendo dizer com isso que eu não vou voltar a trabalhar.
Eu gosto de trabalhar, sempre gostei, faz parte de quem eu sou.
E só que hoje eu enxergo tudo de maneira diferente. Entendo que a nossa vida é feita de fases. Tudo tem sua hora.
Minha amiga Ju Matheus disse uma vez que filhos são o "melhor projeto de nossas vidas".
São mesmo. E todo bom profissional sabe que um projeto para dar certo precisa de total dedicação do autor/criador no início de sua existência.
Mãe de Menina
Lindo post!!!
ResponderExcluirParabens e aproveite a vida.
Fiquem com Deus
Barbrinha
Eu parei de trabalhar meio que obrigada porque casei com um estrangeiro e vim morar no exterior, onde não podia exercer a profissão. Ser mãe em tempo integral é gostoso por um tempo, mas depois você começa a sentir falta do seu próprio dinheiro e do convívio com as pessoas. Não desdenho que o faça, mas acho que não está servindo muito para mim e quero voltar a trabalhar logo.
ResponderExcluirBj
Adri
Oi.
ResponderExcluirAcho que só nós mulheres nos entendemos né? Vai falar isso pra um homem? hahahaha... Eu acho e sempre achei, independente do que falassem, que ser mãe seria o que eu faria melhor! Desde pequena quero ser mãe.
Acho sim que devemos ficar com os bebes o qto. mais pudermos. Claro, cada mãe tem a sua necessidade e sua vontade, mas acho que os 1º anos de vida devem ser mto únicos e especiais... deve ser mto gostoso. Não vou querer perder isso.
Claaaro, fazendo tudo com uma certa proporção acho que tudo se encaixa. Não viramos só mães e nem só workaholics. Trabalhar é muito importante e nos faz ser mulheres melhores. Ter mais tempos p/ os filhos tb. é mto importante, pq deve nos fazer ser mães melhores. A sem filho falando né? Hahahahaha...
Cunha, acho vc uma super mãe, que esta se surpreendendo a cada dia com a mãe que vc é! Só nuuunca, nunca mesmo, se esqueça do conselho da minha sogra: "antes de ser mãe, vc é mulher e esposa". Seja a melhor mãe sempre, mas sem se esquecer de vc.
Lov. u
Jú