Faz um tempo que eu ouço no rádio a divulgação de um novo serviço do Hospital e Maternidade São Luiz: agora é possível que o parto seja acompanhado pela internet.
Isso mesmo. Os pais contratam o serviço e ganham uma senha que pode ser distribuída entre parentes e amigos.
E aí, na hora da cesárea, todo mundo assiste a chegada do bebê. Cada um do seu computador.
A moça que faz o anuncio deixa claro que nenhuma cena mais forte e impactante será mostrada.
É o mínimo, já que se trata de uma cirurgia.
E eu sei também que existem aquelas salas de parto tipo aquário.
Uma das paredes é de vidro, o que possibilita que os convidados fiquem sentadinhos, assistindo a cesárea.
Uma amiga já participou de um evento desses como convidada.
E me lembro bem que ela não ficou muito confortável com a situação.
Eu acho invasivo. Desconfortável. Meio sem noção.
Sorry aos adeptos!
Ok, é o nascimento de um bebê. Do neto de alguém, sobrinho, primo, bisneto, afilhado...
Mas não justifica.
Existem momentos e momentos. Pra tudo.
E eu acho que esse momento, do nascimento em si, é dos pais.
Ou de quem a mãe quiser que esteja ao lado dela.
Quando eu entrei na sala de cirurgia só perguntava pelo Giovane. Só me acalmei quando ele chegou.
Eu estava muito chapada e ainda muito assustada com tudo o que estava acontecendo quando me deram a Beatriz pela primeira vez.
Mas me lembro com clareza que ela parou de chorar quando foi colocada sobre mim.
E me lembro de sentir a presença do Giovane na sala. Nem sempre ao meu lado, porque ele estava feito barata tonta andando de um lado para o outro da sala.
Mas eu sabia que ele estava lá. E era só isso que eu precisava naquele momento.
Fiquei sabendo da festa no berçário quando a Beatriz chegou por lá. Eu estava na segunda fase da cirurgia e demorei bastante para voltar para o quarto.
Era tanta gente na expectativa que as enfermeiras se cutucavam e comentavam sobre a zona que as nossas famílias estavam fazendo.
A quantidade enorme de flashes e ‘aaahhh’ conforme elas cuidavam da minha filha e viravam ela para a animada platéia.
O Giovane ainda meio atordoado levou um susto também quando foi ao encontro deles. Era realmente muita gente.
Essa espera é uma farra para todos também. E faz parte desde que o mundo é mundo. Ou não?
Então.
Dá pra entender que existem momentos e momentos?
Para mim é muito claro.
Fora que não dá para esquecer que se trata de uma cirurgia, né?
Não que um parto normal fosse tornar as coisas mais confortáveis...
Mas fico pensando qual o próximo passo?
Presenciar o ato sexual pelo qual o bebê é concebido?
Hahahaha peloamoooor!!!!
Mãe de Menina
PS – o título foi idéia do Giovane. Ele é bem melhor nisso do que eu. Por isso eu “vou na dele” de vez enquando. :)
quarta-feira, 1 de setembro de 2010
BBB Big Baby Brasil
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Ana, concordo plenamente! Outro dia uma amiga grávida veio me falar desse hospital com o tal aquário e achei super estranho. Mas tem adeptos para tudo, os gostos são diferentes. Eu preferi meus partos, que foram como o seu.
ResponderExcluirLembro-me que quando engravidei da primeira vez, comecei a assistir aqueles programas no Discovery, do tipo "A chegada do bebê" etc. Ali já achava estranho, que a mulher estava em trabalho de parto e a família inteira ali no quarto junto olhando e esperando. Teve uma em que o bebê começou a coroar e alguém foi correndo chamar o outro filho de uns 5 anos para ver o irmão nascendo. Literalmente ver! Fico imaginando que o menino tenha ficado horrorizado, eu ficaria na idade dele...
Bjs, Elaine
Ave Maria! Anos de terapia pra essa criança!! Enfim, tem gosto pra tudo mesmo. A gente tem é que sentir confortável com a nossa escolha. Isso é o que vale! beijo
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