quarta-feira, 19 de maio de 2010

A força do abraço

Sábado passado já no caminho de casa a Beatriz começou a chorar. Sem motivo aparente. Chorava muuuito. Magoadíssima.

A Tina estava no carro comigo. Mas nada do que fizemos adiantava. Ela foi chorando, berrando até em casa. De verdade. Coloquei ela no berço e nada. Ofereci a mamadeira e nada. Peguei ela no colo e nada...

Quando estavamos na reunião da escolinha dela, uma das mães comentou que havia lido em algum lugar que as crianças às vezes se perdem mesmo. Elas ainda não sabem ligar com raiva, frustração e tem verdadeiros chiliques. Não sabem se controlar. E que uma das maneiras de fazê-los voltar a si era pegar no colo e segurar bem forte, muito forte, para eles sentirem segurança e que alguém os ajuda no controle dessas situações e tal.

Não seu porque essa lembrança voltou, justo naquele momento.
Ah! Estava sozinha em casa. O Giovane estava voltando de Araraquara, depois da goleada do RBB sobre a Ferroviária.

Resolvi tentar. Não sei ao certo o que pode tê-la deixado com raiva ou frustrada, ou seu isso tinha realmente acontecido. Ela não fala, né? E ás vezes o que não significa nada pra gente, é muita coisa pra um bebê.
Mas resolvi seguir me instinto. E fora isso...não tinha mais nada para tentar.
Beatriz estava colocando o prédio abaixo.

No momento em que eu peguei ela no meu colo, deitada, que nem bebê mesmo (há tempos não a segurava assim) e apertei o corpinho dela bem forte contra o meu e ela parou. Impressionante. E no segundo seguinte estava dormindo profundamente.

A sensação de poder acalmá-la, de fazê-la se sentir segura...alguém (além das já mamães, de menino ou menina) tem idéia do que é sentir isso? De como o nosso coração se enche que parece que vai explodir? Sabe...quando o amor é tanto que fica palpável? Foi incrível. INCRÍVEL.

Sentei na poltrona do quarto dela e fiquei lá por muito tempo. Ouvindo a respiração dela, sentindo o bafinho quente dela em mim e me perguntando como é que eu pude viver 30 anos sem tê-la na minha vida. Foi mágico.



Extras
Coincidência ou não, essa semana li na Superinteressante uma psicóloga falando que o contato físico faz maravilhas para a nossa saúde física e mental. A matéria é Abrace seu colega ao lado.

Uma vez me disseram que uma pessoa precisa de 10 abraços por dia para se sentir feliz.
Anti-depressivo natural!

O Pai de Menino é a favor do movimento. Inclusive com desconhecidos. Não sei se eu sou tão evoluída, prefiro começar com o pessoal lá de casa.

Acho que vou instituir a terapia do abraço.Além de ser uma delícia abraçar quem a gente ama, vai fazer bem pra todo mundo!

Mãe de Menina

3 comentários:

  1. Que delícia.
    Já passei por situações assim. E realmente a gente sente um amor que transborda. É indescritível.
    As vezes meu filho entrava em estado de angústia. Mesmo já falando. Parecia que nada que eu falasse adiantava, ele nem estava ouvindo. Nessas horas, nada como um abraço, um afago, um carinho e um colo de mãe.
    Meu pai sempre me falou: na dúvida, beija. E hoje eu entendo oq ele quer dizer. E funciona.
    Bjos e parabéns.
    Calu

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  2. Lindooooo!!
    Eu tbm sou super adepta a Terapia do Abraço...
    Com o Tommy então, nem se fala... a gente se abraça e beija o tempo todo!! Huahuahuhauhauhauhaaaa

    Realmente faz toda a diferença!

    ;)

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  3. Eu a-do-ro um abraço. Sempre que posso abraço. Meu beijo normalmente vem acompanhado de um abraço... o ruim é que as pessoas não são mto receptivas e o abraço fica meio que pela metate!
    Campanha do beijo+abraço! hahahahahaha...
    Tb quero um abraço!
    bjos

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