sexta-feira, 11 de junho de 2010

E a minha história foi diferente, mas igual...

Amei ficar grávida! Amei tanto que vivi as minhas 37 semanas (menos as 12 que eu não queria aceitá-la, então são 25 semanas) tão pela minha gravidez, que esqueci do restante do mundo!
Me fechei no mundinho da minha barriga: deixei de sair de balada, deixei de dar atenção para meus amigos, de lá ao pai do menino (aqui sim, um grande erro...). Era só eu e o meu Bebêzão!
Por outro lado, não engordei, não tive problemas de saúde, não peguei nem gripe! NADA... Mega tranquila...

Qdo fiquei grávida tinha acabado de entrar aqui na agência, como assistente da chefinha e ainda tava na faculdade. Ganhava pouco e fiquei morrendo de medo de ser mandada embora por causa disso. Contei pra chefinha desesperada de medo! Mas todo mundo adorou na agência e logo virei o xodó da galera! Ganhei cadeira nova (mais gostosa e confortável), todos iam almoçar onde eu queria, todos curtiam as minhas USG... Uma delícia!
Mas a falta de grana me assombrava! As avós ajudaram muito no meu enxoval, minhas tias tbm ajudaram muito, fora todos os presentes que ganhei!!
Pra vcs terem uma idéia qdo fui organizar o meu chá de bebê (contou mais dele lá na frente) não tinha grana para comprar os convites, aqueles vagabundinhos super baratinhos, a Tia Lêda que comprou.

Mas outras coisas me marcaram muito mais.

Com uns 4 meses, estávamos passeando no Shopping Morumbi qdo o vovô Wellington ligou que não estava se sentindo bem em casa. Saímos do shopping feito loucos, direto para o Hostpital. Ele enfartou sozinho em casa, chegou mal no Hospital e ficou internado uns dias. No meio do caminho ele precisou ser transferido de Hospital e eu fui junto com ele na Ambulância! Uma experiência nada legal para uma gravidinha!!
Depois, com uns 7 meses, um dia de manhã meu querido Tio Jorge passou mal enquanto dirigia, bateu o carro e foi para o hospital, direto para a UTI em coma induzido.
À noite deste msm dia, qdo cheguei do trabalho, meu pai ligou da rua: “Desce alguém aqui na portaria do prédio com a carteirinha do convênio que eu não tô me sentindo bem!” Na hora eu vi que era sério: meu pai querendo ir pro Hospital?!
Descemos todos, entramos no carro e ele foi dirigindo passando mal. Ele estava enfartando! A sorte que chegamos rápido ao Hospital.
Infelizmente, meu querido tio Jorge não resistiu e faleceu... Minha maior angustia que ele queria muito saber o nome do “bebê” e eu não escolhi a tempo! Parece besteira, mas sempre penso nisso qdo me lembro dele!

Chegou o final de semana do meu chá de bebê e o meu pai ainda estava internado. Graças a Deus, ele já estava bem, naquela fase de últimos exames.
Fiz o meu chá de bebê e foi incrível!!! Festa lotada, fiz questão daquelas brincadeiras “sem graça”, que foi a maior delicia! Aproveitei o dia e fiz meu chá de cozinha tbm, afinal eu tava montando um apê.
É, faltava apenas um mês pro Tommy nascer e tínhamos acabado de alugar um apê no condomínio da minha mãe (uma daquelas “coincidências” que Deus arruma pra gente, sabe!). Não tinha nada! Ganhei tudo!

Tudo isso acontecendo e não percebia que estava ganhando um menino e perdendo outro...

O Tommy nasceu! (conto este dia outro dia...)
Amei (e amo muito) ser mãe!

Tranquei a faculdade, fui pra minha casa (?) e de repente estava sozinha em uma casa estranha com um bebezinho. Neste momento ainda não tinha percebido o que estava realmente acontecendo e o pai do menino só viajava a trabalho... Voltei correndo para casa da minha mãe...
Me separei qdo o Tommy fez 4 meses, ainda sem falar pra ninguém q era separação... Era só um tempo, msm pq na minha cabeça queria que fosse só isso msm!
Fiquei mais uns 2 meses morando na minha mãe, com o meu apartamento fechado, novinho em folha! Ia lá de vez em quando, mas p pegar alguma roupa, coisa, levar alguém p ver a minha casa nova... Mas voltava correndo pra casa da minha mãe.

Um dia, me deu aquele estralo e fui par minha casa! Juntei todas as roupas e de fato me mudei para a minha casinha! Foi um chororô só... Tanto do meu lado, quanto dos meus pais! Por eles ficávamos lá...
Demorei muito para curtir a minha casa! Ia lá só para dormir agora... Só mesmo qdo o Tommy tava para fazer um aninho que me situei e aceitei.

Chorei muitas noites me perguntando o porquê tudo aquilo e daquele jeito:
Ficar grávida sem planejar
Morar sozinha
Ficar sozinha

Não pedi nada daquilo! Ninguém me perguntou se queria tudo aquilo!

Mas nunca descontei nada no Tommy... NUNCA!!!
Chorava só qdo ele tava dormindo, bem longe dele e me esforçava muito para ficar bem com ele, qdo por dentro eu estava destruída.
E o Tommy sempre teve o pai muito presente. Tbm nunca faltou nada p ele: amor, carinho, atenção, grana... Nada. Só mesmo a distância.
E do momento que eu percebi de fato como realmente as coisas eram (ou se tornaram), decidi: Eu sou a mãe dessa criança! Eu estou acompanhando de perto ele! Eu tenho como tocar esse barco! Quem não me acompanhar é que estará perdendo!

Desse dia em diante ficou tudo muito mais fácil... Inclusive para procurar ajuda (muito preciosa por sinal).
Achei a Rosana, que por título é a minha terapeuta, mas ela é muito mais do que isso: um anjo que cuida sempre de mim!
Foi fundamental a ajuda dela e a minha vontade de ser ajudada! Com certeza passei por uma depressão, não sei se pós parto ou pós separação (minha opinião foi mais a segunda opção).

Às vezes ficava muito triste qdo as pessoas falavam para mim: vc é uma puta mulher! Forte, guerreira... Pensava que preferia ser fraca, receber colo, dormir e acordar com tudo como era.

Hoje me sinto muito segura e feliz com a minha vida e quem me conhece sabe o quanto cresci e mudei desde o dia que peguei aquele resultado de + 200...

E quando ouço aquela frase ali de cima, penso: “Sou mesmo!”


Mãe de Menino

4 comentários:

  1. E é mesmo! Jamais duvide disso...

    Beijão

    Marta

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  2. Lê, me diz porque a gente é assim? Por que a gente insite em ficar em pé quando tudo parece desmoronar ao nosso redor?
    Não poderia comentar sobre sua fase turbulenta, primeiro porque não convém aqui, segundo porque seria extremamente tendenciosa logicamente e terceiro porque você não precisa de palpites meus para seguir sua vida, o que vem fazendo já maravilhosamente bem sozinha.
    Posso dizer porém que nunca imaginei que tudo terminaria da forma que você relata aqui. De todas as possiblidades, esta era a que eu acharia menos provável. Mas assim foi, assim você assumiu o controle e assim está dando um baile.
    E é isso mesmo! Orgulhe-se mesmo porque você faz acontecer. Quem te vê, se orgulha e te respeita, mesmo que sinta vontade de colo às vezes. Afinal, quem não precisa?

    Bjs, Elaine

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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  4. Eu tenho muito orgulho de vc!!!!!!!!

    Te amo

    Dani

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